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O são-joão não passará batido para o brasiliense

As quadrilhas juninas neste ano, devido à pandemia, continuam ocorrendo no formato de lives, e é possível prestigiá-las também indo ao drive...



As quadrilhas juninas neste ano, devido à pandemia, continuam ocorrendo no formato de lives, e é possível prestigiá-las também indo ao drive-in. Isso quer dizer que a tradição continua, com gostinho de saudade, sem as famosas comidas típicas e as brincadeiras que esse período traz. Mas os responsáveis por movimentos juninos não perdem o entusiasmo para levar às pessoas um pouco da tradição que está presente no Brasil desde o século 16. As apresentações são feitas com números reduzidos de dançarinos, e há muitos projetos solidários para ajudar famílias em situações vulneráveis.

» Formiga da Roça

O projeto Formiga da Roça, de São Sebastião, se apresentou em um espetáculo no dia 30 de maio, no Teatro Sesc do Gama, e todo o material gravado será distribuído em diversas escolas públicas das comunidades. Em agosto, realizará o “forróterapia” nos centros de idosos e nos Centros de Convivência Infantil (CCIs) de diversas cidades do DF. Também serão realizadas festas particulares em condomínios, onde as pessoas podem festejar de dentro dos seus apartamentos.

Patrese Ricardo Mendes, 36 anos, é um dos idealizadores do Formiga da Roça e conta que passou por um processo de readaptação para suportar a quantidade de deficits ocasionados por conta da pandemia. Para ele, esse momento fez com que o grupo priorizasse comunidades brasilienses. “Nosso grupo é composto por moradores aqui da região e, por percebermos a falta de acesso à cultura, ao esporte e lazer, queremos proporcionar isso para as cidades que mais têm necessidades. Nós fazemos cultura independentemente de classe social, cor e gênero” comenta Ricardo. O idealizador explica que esse formato junino não é o que deseja que continue, mas afirma “com certeza, serviu pra gente se enxergar mais como ser humano e olhar para o próximo, entender quais são as faltas das famílias em situações precárias”.

O coletivo também se apresenta em alguns postos de vacinação da covid-19 para incentivar o público a se imunizar, e estão se preparando para o circuito junino drive-in, que será realizado de agosto para setembro.

» Num Só Piscar

A quadrilha Num Só Piscar está lançando um programa chamado Vida de Quadrilheiro Cultura e Tradição, com bate-papo entre antigos e novos dançarinos sobre o movimento junino, incluindo convidados de outros estados. O formato é on-line, com quatro edições, e a primeira será 22 de junho, às 20h.

Juntos à União Junina Brasiliense (UJB), estão realizando a primeira gincana solidária. O intuito é ajudar famílias e comunidades inseridas no movimento junino que estão passando por dificuldades na pandemia. O encerramento da gincana na noite de São João ocorre, por meio de live, na quinta-feira (24/6), às 20h, pelo instagram da UJB (@uniaojuninabrasiliense).

O integrante do grupo e presidente da UJB, Jozivaldo Silva, 39 anos, conta que mesmo com todas as dificuldades, conseguiu manter a quadrilha ativa trabalhando de forma remota. “Fazemos oficinas de forma alternada, para não gerar aglomeração e assim conseguimos tirar as dúvidas de todos sobre esse novo formato web”, informa. Silva espera, com a gincana, arrecadar cerca de 200 cestas básicas para entregar a famílias carentes.

Em julho, haverá o VI Festival Gonzagão de Quadrilha Junina do DF e Entorno, com
apresentação de quadrilheiros. Serão seis casais mantendo toda a segurança e protocolo necessários. O festival não conta com público presencial e a transmissão será via Instagram e YouTube. A data ainda 
não foi informada.

» Arroxa O Nó

O coletivo se apresenta neste domingo (20/6) no posto de vacinação do Sesc, no
estacionamento da Torre de Tv e na Funarte. À noite, às 18h, na plataforma do
YouTube do Sesc-DF, na programação do conexão Junina, juntamente às quadrilhas Formiga da Roça, Pau Melado, Éta Bagaceira, Num Só Piscar e Sibobiá a Gente Pimba.

O formato web é um novo meio para os juninos se apresentarem. Para a dançarina e marketeira Danielle Leite, 30 anos, a festa on-line não substitui o calor humano mas é uma saída em tempos de pandemia. “Foi uma forma de escape, não só dos brincantes mas do pessoal que gosta dos festejos, da cultura junina. Fizemos assim para manter a cultura viva e alegrar os corações de quem faz e assiste”, declara a integrante da equipe.

» Pelas ruas do DF

Os Grupos Seu Estrelo, Fuá do Terreiro, Mestra Martinha, entre outros, prometem ocupar
ruas de diferentes cidades do DF até 27 de junho, denominado Festival Candango de
Culturas Populares. Eles pretendem resgatar as serestas na janela. Os organizadores não
informaram o trajeto para evitar aglomeração.

Hoje (20/6), o bloco Asé Dudu apresentará uma serenata em Taguatinga. Na quarta (23/6), haverá a serenata Bumba Meu Boi, em Sobradinho. Para começar o final de semana, na sexta (25/6), se apresentam Bumba Maria meu Boi em Sobradinho e, para finalizar, no próximo domingo (27/6), no Paranoá, a serenata será por conta da Quadrilha Junina Pinga em Mim.

» Prêmio

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC-DF), informou em nota que prepara o Prêmio de Quadrilhas Juninas. O chamamento público estima contemplar 50 coletivos e organizações de quadrilhas juninas como reconhecimento de seus percursos. A premiação está prevista para o final de setembro.



Fonte: Correio Braziliense