(crédito: Reprodução/Redes Sociais) Após repercussão de fala sobre imigrantes venezuelanas , o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um pedi...
Após repercussão de fala sobre imigrantes venezuelanas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um pedido de desculpas sobre o caso em vídeo ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da embaixadora da Venezuela María Teresa Belandria. O vídeo foi gravado na segunda-feira (17/10) no Palácio da Alvorada. No material, Bolsonaro defende que suas palavras foram tiradas de contexto "por má-fé" e se diz indignado com "as últimas ações de alguns militantes de esquerda".
"Mesmo depois da decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), tomada em função da mentira que vinha sendo veiculada sobre minha pessoa, esses inomináveis agora dirigem ataques contra essas mulheres", afirma o presidente e candidato à reeleição no pedido de desculpas. "As palavras que eu disse refletiram uma preocupação da minha parte no sentido de evitar qualquer tipo de exploração de mulheres que estavam vulneráveis", acrescentou.
Durante participação em um podcast na sexta-feira (14/10), Bolsonaro, ao relatar um encontro com imigrantes venezuelanas em São Sebastião, cidade do Distrito Federal, o presidente disse que viu algumas meninas, “três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas, num sábado, em uma comunidade, e vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei”. Bolsonaro também insinuou que as garotas se prostituíam. “Se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”, acrescentou.
Além da repercussão nas redes, a fala foi usada pela campanha de Lula para associar o adversário à pedofilia. No domingo (16/10), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do petista de divulgar o material, mas o vídeo voltou a aparecer em páginas ligadas ao ex-presidente na noite de segunda-feira (17/10).
Palavras foram tiradas de contexto "por má-fé"
Ao se retratar, Bolsonaro declarou: "Se as minhas palavras que, por má-fé, foram tiradas de contexto de alguma forma foram mal entendidas, ou de alguma forma provocaram constrangimento às nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas, já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”.
Na segunda-feira (17/10), a senadora eleita Damares Alves (Republicanos) e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ao lado da embaixadora María Teresa Belandria, reuniram-se com lideranças das comunidades de imigrantes venezuelanos de São Sebastião, que atuam junto às imigrantes citadas por Bolsonaro no podcast. Belandria é reconhecida pelo governo brasileiro como embaixadora da Venezuela, mas é ligada ao "presidente interino autoproclamado" Juan Guaidó, opositor ao atual regime, de Nicolás Maduro.
Damares, Michelle e Belandria foram ao Palácio da Alvorada logo após o encontro, que ocorreu em uma casa no Lago Sul.
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