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O jovem quer oportunidades de trabalho, afirma Delmasso

  Diminuição dos índices de desemprego entre jovens será foco da Secretaria da Juventude e Família em 2023. Ao programa CB.Poder, uma parcer...

 


 Ed Alves/CB/D.A Press
Diminuição dos índices de desemprego entre jovens será foco da Secretaria da Juventude e Família em 2023. Ao programa CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, o deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos), anunciado como titular da pasta no novo mandato de Ibaneis Rocha, conversou com o jornalista Roberto Fonseca sobre outros projetos para 2023, as reações de outros políticos à nomeação dele para o cargo e a relação com parlamentares de esquerda eleitos para a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

Qual é a expectativa com a nova secretaria e o que tem em mente para mudar a vida das famílias do DF?

Algumas pessoas tentam enviesar a discussão em relação à família e à juventude, e o nosso papel vai ser demonstrar que dá para fazer política pública sem discussão ideológica. Por exemplo, a maior mazela que atinge jovens hoje no Distrito Federal é o desemprego. Porque os jovens — que na minha visão passam por uma das fases mais difíceis da vida — estão saindo da condição de estudante passando para a fase adulta e precisam de uma certa qualificação profissional para que ele possa entrar no mercado de trabalho. Por outro lado, muitas vezes, nós temos famílias que são extremamente desestruturadas e geram até mesmo pessoas que acabam indo para a criminalidade. Então, o nosso desafio vai ser trabalhar para que essas famílias tenham condições de ter o mínimo de estrutura econômica e social. Trabalhar para que ele (jovem) possa ter oportunidade. Porque o que eles querem é oportunidade para construir a sua vida.


Quando foi indicado para assumir o cargo, o senhor teve um embate nas redes sociais com a ex-candidata do PSol ao Palácio do Buriti, Keka Bagno. Como avalia essa discussão?

Eu fiquei surpreso com a preocupação de parte da esquerda com a minha nomeação porque, como deputado distrital, sempre tive diálogo com a esquerda. Nunca negociei meus princípios e valores, mas sempre dialoguei. Até, muitas vezes, construímos soluções que viriam a agradar a todos. Então não entendi essa preocupação da candidata Keka. Só demonstrou despreparo dela, falta de visão e de posição estadista. Para quem buscou ser candidata a governadora do DF infelizmente demonstra que não sabe ter diálogo com o lado oposto. Espero que ela possa crescer do ponto de vista político e saber dialogar com os campos opositores ao dela.

Os candidatos mais votados esse ano são do espectro da esquerda, dois, inclusive, do partido dela. O senhor acha que o diálogo vai ficar comprometido?

Acho que não, até porque, dos três, dois eu já tive a oportunidade de conviver. O deputado Chico Vigilante (PT) é histórico do Partido dos Trabalhadores e é do diálogo. Do ponto de vista de princípios e valores, não abrimos mão daquilo que nós acreditamos e pensamos. Mas sempre buscamos o diálogo e o parlamento serve pra isso. O deputado Fábio Felix (PSol), da mesma forma, é um deputado que dialoga. Então, acho que não vai comprometer.

O senhor já tem propostas em relação à saúde dos jovens?

O primeiro e grande ponto que nós precisamos trabalhar é o combate à gravidez na adolescência. Brasília tem um índice enorme de adolescentes que engravidam precocemente. Então, é necessário que se faça uma política pública de conscientização, com palestras nas escolas e trabalhos. Também acho importante a gente trabalhar com a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outros tipos de ações. 

Haverá revisão de políticas públicas voltadas para esse público?

A primeira ação que nós vamos fazer na secretaria é preparar uma proposta de emenda à lei orgânica que inclua a família e o jovem como entes que vão receber recursos ou ações de políticas públicas. Depois, encaminharemos um projeto de lei complementar para criar dois fundos: o fundo distrital de juventude e o fundo de proteção integral da família. Criando esse fundo, uma fonte de financiamento, nós acreditamos que conseguiremos executar os programas, projetos e ações necessárias para estruturar as famílias e criar oportunidade para os nossos jovens.