HIDE

Últimas notícias

latest

Tia de Allany conversou com amiga da sobrinha que estava na kit

Durante o velório de Allany Fernanda, 13 anos, a adolescente morta com tiro na cabeça no Sol Nascente, a tia dela, Paula Cristiane, deu deta...

Durante o velório de Allany Fernanda, 13 anos, a adolescente morta com tiro na cabeça no Sol Nascente, a tia dela, Paula Cristiane, deu detalhes da conversa que teve com uma das adolescentes que estava na kitnet onde o crime ocorreu, na manhã de segunda-feira (3/11).

Segundo a vigilante, a menina contou que Allany estava na companhia dela, de um namorado ainda não identificado; do suspeito de efetuar o disparo, Carlos Eduardo, 20; e da namorada de Carlos. Na noite anterior, no domingo, o grupo teria ido a um bar chamado Olimpias, no Sol Nascente. “Ela falou que eles deram muita bebida e droga para elas. Depois, foram para a casa de Carlos”, afirmou.

A versão é similar a de Carlos, que prestou um novo depoimento à polícia nessa quarta-feira (5/11), mas alegou que o disparo foi acidental. Na oitiva, ele disse que o grupo pediu lanche pelo aplicativo e, enquanto comia uma pizza, manuseava uma arma e, sem querer, atirou contra a cabeça de Allany.

“Depois do tiro, a menina disse que o Carlos Eduardo ficou doido. E falou para ela ir embora. Ela mora em Ceilândia Norte e voltou pra casa de madrugada, a pé”, disse a tia. Ela acrescentou que auxilia nas apurações da polícia, mas revelou não ter conhecimento do rumo das investigações.

"Devastação"

Bastante emocionada, Paula resumiu o sentimento da despedida: "Devastação. Estou destruída". Segundo a mulher, que não teve filhos biológicos, Allany era sua menina e filha do coração. "Ela sempre falava 'tia, meu sonho era que a senhora fosse a minha mãe'. E eu dizia 'mas eu sou a sua mãe. Eu que te crio, eu sou a sua mãe'", contou.

A conexão entre as duas era grande. "No domingo, quando ela passou o dia sem falar comigo, achei estranho. Chegou um vídeo para mim mostrando ela em uma festinha, então, tive certeza que não estava na casa da mãe. Porque ela sabia que, se eu soubesse onde ela estava, iria buscá-la", relatou. O pressentimento ruim veio quando Paula assistiu a uma reportagem que noticiava que uma menina havia levado um tiro. "Fiquei com o coração apertado".

"Liguei para uma colega minha que trabalha no hospital e pedi para confirmar quem era a menina atingida pelo tiro. Ela (a colega) disse que estava irreconhecível por conta do inchaço. Insisti e falei para ela olhar o pé. Então, ela me descreveu e tive certeza que era Allany", disse, entre lágrimas.