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Locutor da rádio Atividade FM morre aos 38 anos, por complicações da covid-19

O radialista deixa dois filhos, de 11 e 8 anos - (crédito: Redes sociais) Morreu, na tarde desta sexta-feira (23/4), o locutor da rádio Ativ...

O radialista deixa dois filhos, de 11 e 8 anos - (crédito: Redes sociais)

Morreu, na tarde desta sexta-feira (23/4), o locutor da rádio Atividade FM Bruno Morett, 38 anos, devido a complicações pela covid-19. Na madrugada de terça (20/4) para quarta-feira (21/4), o radialista foi internado em estado gravíssimo, no Hospital Regional da Ceilândia (HRC). Em seguida, precisou ser intubado. Bruno sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu.

O radialista chegou ao HRC com saturação entre 60% e 62% — o nível normal é de 95% a 100%. Em casa, antes de ser socorrido, Bruno estava com a oxigenação em 48%, taxa que só aumentou depois de o paciente receber oxigênio dentro da ambulância, a caminho do hospital.

Bruno só conseguiu um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) na manhã desta sexta-feira (23/4), no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), porém a transferência ocorreu por volta das 16h. No caminho para a unidade de saúde, o locutor acabou morrendo. Ele deixa dois filhos: Pedro, 11 anos, e Alice, 8.

Sem atendimento

Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte de Bruno. Ele apresentava os programas Coração Sertanejo e Show da Tarde na emissora de rádio, onde trabalhava de segunda a sexta-feira, das 13h às 16h. Antes, Bruno havia sido locutor na Clube FM, na JK FM, na OK FM, na Supra FM e na Sara Brasil.

Ex-mulher de Bruno, com quem teve dois filhos, Tatyanne Silva de Souza conta que ele ligou a ela para pedir ajuda. "Foi de madrugada, ele apresentava falta de ar. Antes de ir à casa dele, liguei para o Samu, para adiantar o atendimento, mas não aceitaram minha ligação. Alegaram que apenas o paciente poderia pedir atendimento. Falaram 'Como vamos saber se não é trote?'", relata.

Tatyanne ligou para Bruno e explicou a situação. "O coitado teve de ligar para o Samu, na condição horrível em que estava. Muito ruim essa situação toda", lamenta. "Meus filhos não querem ir ao enterro, não querem ver o pai morto. Isso de não podermos nos despedir de verdade de quem morre de covid-19 interfere muito. O ciclo do luto não é fechado", completa.

Procurada pela reportagem para se explicar o motivo de o Samu não ter atendido o pedido de socorro, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal não havia enviado posicionamento até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.




Fonte: Correio Braziliense