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Ex-administrador Alan Valim é alvo de busca em operação contra grilagem

O envolvimento de Alan ainda é investigado pela PCDF - (crédito: Redes sociais) Um dos investigados na operação Non Domino, que apura a prá...

O envolvimento de Alan ainda é investigado pela PCDF - (crédito: Redes sociais)

Um dos investigados na operação Non Domino, que apura a prática de grilagem de terras em São Sebastião é o ex-administrador regional da cidade, Alan Valim. O Correio apurou com exclusividade que o pré-candidato a deputado distrital foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (19/7). No total, sete pessoas foram presas e outras 12 usarão tornozeleira eletrônica por determinação judicial. A polícia cumpriu, ainda, outros 32 mandados de busca em residências e empresas.

Alan Valim é mergulhador do Corpo Militar de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e deixou o posto de administrador de São Sebastião este ano para concorrer às eleições. 

Ao longo de um ano, policiais da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) investigaram um esquema de grilagem de terras em que os criminosos eram responsáveis por agir com extrema violência para tomar lotes, intimidar moradores e lavar dinheiro com uso de “laranjas” e empresas de fachada. As apurações apontaram, ainda, o envolvimento de servidores públicos da Administração Regional da cidade e de advogados.

Há a suspeita de que alguns grileiros mantinham vínculos com servidores da administração investigados por corrupção passiva. As investigações seguem no sentido de saber se os agentes públicos foram de fato beneficiados. Já os advogados são suspeitos de ser grileiros e de manter elo com empresários. O Correio procurou Alan e, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestações.

Lavagem de dinheiro

Para camuflar a origem criminosa do dinheiro ilícito, os suspeitos se utilizavam principalmente de “laranjas”, inclusive de um cobrador de ônibus de uma empresa local, que recebeu milhões, e empresas que nunca saíram do papel (fantasmas), por onde chegaram a lucrar cerca de R$ 20 milhões entre 2017 e 2021.

Após ocultarem a origem ilícita dos valores, os criminosos investiam em agências de veículos, academias e lojas de materiais de construção, visando reintroduzi-los no mercado. Ainda de acordo com a Polícia Civil, depois de parcelarem as terras, os grileiros as vendiam por meio de Contratos de Cessão de Direito, normalmente com firma reconhecida.

O grupo também criou um falso cartório em São Sebastião para reconhecer firmas e autenticar documentos. "Tão grave quanto a atuação dos grileiros são os indicativos de que os líderes recebiam apoio de Agentes Públicos, os quais, ao invés de cuidarem do interesse público, perverteram os valores de deveriam ser protegidos, destacou o delegado-adjunto da 30ª DP, Ulysses Luz.

Os envolvidos são investigados por integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro, parcelamento irregular do solo urbano e crimes ambientais. As investigações seguem com o objetivo de identificar novos envolvidos.




Fonte: Correio Braziliense