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Após decisão do TSE, Republicanos diz reconhecer urnas e vai à Justiça

O presidente do partido Republicanos , o deputado federal Marcos Pereira, disse que vai recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral ...



O presidente do partido Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira, disse que vai recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que bloqueou as contas dos partidos da coligação do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alexandre de Moraes, presidente do TSE, determinou na quarta-feira (23/11) o bloqueio das contas até o pagamento de uma multa de R$ 22,9 milhões. Isso porque o PL, que faz parte da coligação, questionou o resultado das urnas eletrônicas no segundo turno, sem provas.

Marcos Pereira alegou que o Republicanos não tem relação com o questionamento que o PL fez às urnas. A coligação é formada pelo PL, Republicanos e PP.

“Vamos recorrer. Reconheci o resultado publicamente às 20h28 do dia da eleição”, disse o deputado ao Metrópoles, nesta quinta-feira (24/11).

Vitória de Lula

De fato, na noite de 30 de outubro, Marcos Pereira publicou um texto no Twitter em que comemorou a vitória da eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo e reconheceu a vitória do ex-presidente Lula, além de parabenizar o resultado de Bolsonaro.

Na ocasião, ele ainda escreveu que o partido ia seguir um caminho de independência.

Para reforçar o posicionamento diferente do PL, Marcos Pereira também enviou para a reportagem um vídeo gravado um dia após o segundo turno, em que ele defende as urnas.

“Não há porque duvidar do resultado das urnas, não há porque questioná-los. Senão nós teríamos que questionar a eleição do Tarcísio, a eleição do senador Mourão, a eleição da senadora Damares, a eleição do nosso governador que foi reeleito em Tocantins”, afirmou, na gravação.

Análise jurídica

Diante da multa e bloqueio das contas pelo TSE, o PL informou que já acionou a assessoria jurídica que vai analisar a decisão de Moraes. “O partido reitera que apenas seguiu o que prevê a Lei Eleitoral que obriga as legendas a realizar uma fiscalização do processo eleitoral”, escreveu em nota.

O PL entrou com um recurso contra as urnas no TSE, alegando que boa parte dos votos do segundo turno deveriam ser invalidados, porque determinada quantidade de urnas teriam números duplicados, o que impossibilitaria uma auditagem.

Acontece que cada urna possui um código único, independente dessa numeração alegada pelo PL, o que permite sim a auditagem das urnas.

O TSE então pediu que o partido se posicionasse sobre o primeiro turno, quando elegeu a maior bancada no Senado. No entanto, em coletiva na última terça, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, manteve a posição de questionar apenas o resultado do segundo turno, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais votos.

A posição do PL inflama apoiadores de Bolsonaro que estão acampados em frente a unidades do Exército espalhadas pelo país, defendendo a anulação das eleições e uma intervenção militar.